Na calçada

não era só a miséria

era o abandono

o abandono de si

o abandono de quem nunca teve amor

o olhar perdido

de uma vida por um fio

um fio de qualquer coisa

*

o abuso é preferível

a encarar o abismo

de não ter nem a si mesmo

*

ainda consigo ter a fé de que estenderei a mão

e isso me basta

*

mesmo que o amor que eu tive

não tenha sido muito maior

que aquelas migalhas de pão

naquela calçada

*

se um olhar perdido ter um minuto de fé

encontrarei minha cura

*

tem a si mesmo

quem ainda sabe amar.

*

saber

amar o amor

o amor-conceito

saber o que ele é

e não excluir ninguém

nem mesmo a si

Defender a alegria

Organizar. A. Raiva.

❤️

Três de espadas

Olhar o que não é conveniente

Quem te quer preso?

Em necessidades, falsos elogios, meias-verdades?

Que explora a dor no seu ponto cego?

Qual buraco você não deixa sangrar?

Qual ferida é preciso estancar com qualquer arremedo?

O que está no horizonte e não ao alcance da mão?

Os pés no chão

A liberdade de um olhar fixo

Aquele que estende a mão

E a solta

Dá para se distrair tanto

Dá para se perder tanto

Não há receita

Nenhum lugar é feliz

O que tem é a alternância

O alt + tab

De liberdades e prisões

Observe

Só enxerga a luz quem enfrentou as sombras

Só liberta aquele que libertou a si

Sangre.

Xeque mate

Carnaval au Brésil.

“Mate o rei

— e nem confiança.” 

São Paulo

Um prédio.

Uma furadeira, um secador de cabelo, uma mulher ao telefone. 

Uma música ao fundo, um martelo.

O incômodo do “real”.

Negação de outros reais?

O não fixar dos sentidos.

A alteridade. O sentir coletivo.

No teatro, barulho-sinfonia.

A romantização do cotidiano não é sua negação.

Pensamento

Percepção

Imaginação

Memória

Ordenação

Apreensão

Comparação

Análise

Reunião

Síntese

Conclusão

Reflexão

Decifração

Interpretação

Interrogação

Corporificação

Descorporificação

Suspensão do objetivo

Desformar

Pendere

Eles

Se mantêm

Impassíveis.

Com 24 máquinas de calcular

.

.

.

Na porta do inferno.

O eu inferior

Aberto.

Vivo.

Regenerado.

Vitória!

O ano foi 2025.

Eis que um amigo inventou um jogo que encena o golpe sobre Dilma Roussef em 2016.

Quem ganhou? Euzinha.

Vale o registro porque raramente ganho um jogo.

Oportunidade única de utilizar meus conhecimentos da política brasileira… ahahahhahahaahha 😉

(e o nervoso que eu passei serviu para algo)

Ciclos

O que você vai pagar o preço de ter?

O que você vai pagar o preço de não ter?

Coragem.

Boa sorte.