Frenesi

A bad trip que deu certo

A pré-consciência

not enough to drown, not enough to swim

O frenesi do entre

Porque é. Porque será. Porque foi.

Eu e eles

Em casa

De Berlim e do Amazonas e da Baixada

Para São Paulo.

Um amor infinito

Obrigada por tudo

Conexões que atravessam décadas

As meninas

As fofocas da escola

Os meninos que gostam e dizem não gostar

Os beijos em meninas

Possibilidades…

Sonhos…

Essas mãos que atravessam os tempos

Chegarão ao futuro que tanto almejam

E a reflexão:

Como voltar para esse tempo-atemporal?

Talvez isso seja transcendência

Não é preciso se preocupar em viver o presente

Porque, em alguns instantes, tudo apenas é.

Não há

O olhar de Deus

O outro

Os provérbios

As regras

Os caminhos

Como é?

Como é?

Ser a sua própria fonte?

Eleu

Eu e ela

Eleu

Em meio a buscas,

Os desencontros.

Da felicidade que está em outro lugar

Entre meias-palavras,

O adeus.

Ficam os sorrisos

Que tanto dizem

Que tanto escondem.

4.48 Psychosis

“It wasn’t for long, I wasn’t there long. But drinking bitter black coffee I catch that medicinal smell in a cloud of ancient tobacco and something touches me in that still place and a wound form two years ago opens like a cadaver and a long buried shame roars its foul decaying grief.”

Sarah Kane. Musa.

[4.48 Psychosis was first performed at the Royal Court Jerwood Theatre Upstairs, London, on 23 June 2000.]

The original gianti

Achar o ouro no escuro.

Nem medo da minha sombra

Nem da do outro

Que cada um corra

Ou fique

Ou invente as desculpas que quiser

E assim os ciclos se repetem

Os que querem comandar os outros

Veêm sua mentira ecoar

No oco daqueles que acham que precisam de mestres

E de recalques e razões

Os vazios se alimentam

Nós

11 anos, reconstruindo.

A ideia de sucesso é: política e luta

Só consigo sentir dor por essas pessoas que vivem trauma atrás de trauma.

Provavelmente uma infância roubada — de negligência emocional e material — com a droga sendo o último alento.

A sociedade dando as costas e a única salvação parece ser a morte.

Deus não existe.

Ou é o dinheiro para quem vive uma vida de privilégios e chama o outro de “fraco”.

Temos o respiro dos últimos empáticos de uma sociedade doente.

“São Paulo a dois. O mundo se divide em dois”.

Almas livres

A maior beleza está

Na coragem

De trilhar

Os próprios passos

A autenticidade

De abraçar a sombra

E seguir escolhendo a luz

Encontrar aqueles que nos reconhecem

E não nos apagam.

O brilho compartilhado

Um ilumina o outro

E nessa jornada cansada

Sua luz é meu alento

Seguimos

Alternando brilhos em meio a sombras

Eu e Marina.